2 de jan. de 2012

ROMANTICOS ANÔNIMOS - LES EMOTIFS ANONYMES (2011)




Por Marcel Moreno

             Amor, relacionamento, paixão, confidências, são ingredientes que fazem parte da nossa vida. Embora este sejam ingredientes problemáticos, porque envolvem uma segunda opinião, são elementos que não podem faltar em nenhum momento. Angélique e Jean Rene são personagens de uma trama de amor que envolve mais do que um simples gostar, eles tinham que trabalhar seus lados emocionais, que agiam fortemente dentro deles, inibindo que eles colocassem para fora o que realmente sentiam. Angélique era uma especialistas em chocolate, mas todas as vezes que era elogiada ou reconhecida acabava desmaiando. Jena Rene pelo contrário tinha problemas para se relacionar com outras pessoas, principalmente com mulheres, caso que o fazia suar feito louco e a perder a atenção. A vida dos dois é como um grande taxo de chocolate, onde o cozinheiro vai mexendo e misturando todos os ingredientes na busca pelo prazer e a felicidade. 
            Quando Jean Rene recebe do seu terapeuta um exercício para melhorar seu relacionamento, e se vê tendo que convidar alguém para sair, quase entra em pânico, mas consegue seu intento para a ocasião. Já no restaurante com Angélique, ele perde a compostura quando não consegue falar das coisas que ela propõe, como rente Médio, Liga dos Campeões ou pinturas inglesas. Ai começa um grande passo para um relacionamento: os assuntos entre os casais. Procurar alguém que goste dos mesmos assuntos que você é algo dificílimo, ainda mais quando se tem problemas emocionais. É quase que impossível quando rola uma química quando as mentes pensam diferentes. Nestes momentos os risos saem sem que você perceba, pois nestas situações que seriam muito simples para qualquer um, para estes dois é um martírio. 

            Em um belo restaurante, com fotografias lindas, temos uma França atemporal, que em nenhum momento do filme conseguimos saber que ano se passa a história. Assim o filme é atemporal como a Europa e toda sua arte. Porque a arte também é atemporal. Ela se renova. O clássico volta e para aqueles que acham que é antigo, vale lembrar que o antigo é que inspira o novo. E para se inspirar não tem tempo, basta deixar fluir. 


             As ideias destes emocionalmente problemáticos era um pouco confusa e diferente da nossa. Ele acreditava que quando dava errado, é que era o certo, e quando o que para nós dava certo, para ele dava errado. Ele não acreditava que as coisas pudessem ser como ele gostaria que fossem. No Caso de Angelique, ela não acreditava que seu talento pudesse ser reconhecido. Os dois tinham falhas na sua auto confiança, que era demasiada baixa. Não podiam conceber que aquilo estava realmente acontecendo com eles, e acreditavam a todo momento que iria dar errado. Todos nós temos uma vontade, um talento. Basta as vezes um empurrão e conseguimos colocar para fora o que estava preso aqui no lado esquerdo do peito. Temos algo que se tivéssemos certamente voaríamos. 

             Tudo isso com um toque de uma trilha sonora que representou bem o filme, iniciando com a musica J'ai une confiance en moi, traz tudo que eles não tem por conta da força das suas timidez: confiança em si mesmo; Alem da belíssima interpretação de Jean Rene para a musica Ochi Chernye, cantada em francês. 

             Assim o filme vai sendo conduzido no universo do chocolate. Enquanto os cozinheiros buscam sabores, eles buscam meios de conseguir vencer suas vergonhas e se aproximar mais um do outros. Tantas vezes foram as que Rene fugiu quando tinha que enfrentar algum problema, pois tinha medo que as pessoas entrasse em sua intimidade. Tantas vezes foram que Angelique desmaiou quando se viu em uma situação de forte pressão para ela. A saída seria mesmo a fuga ou o desmaio? Será que quando gostamos de alguém, mas temos um terrível medo de abrir nossa intimidade, a saída é mesmo a fuga? Podemos até trocar de camisas várias vezes para impedir que as pessoas vejam nosso nervosismo, mas fugir significa abrir mão de uma oportunidade. A vida é assim. Temos que degustar as oportunidades no amor e ver se elas valem realmente a pena. A sena que eles fogem juntos porque não conseguem lidar com as exigências da sociedade (para qualquer um seria algo muito simples) mostra a vontade de união. E ficsa a frase muito bonita do filme: "Não a deixe partir. Parece que ela é a mulher da sua vida".


Título Original: Les Émotifs Anonymes
Título no Brasil: Românticos Anônimos
Ano de Lançamento: 2011
Direção: Jean-Pierre Améris

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